Ilhas do mar

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Remexendo no baú

terça-feira, janeiro 27, 2009

História Económica e Social (1)

Crise ! crise!

Reunião de Davos. Todos os anos a mesma problemática, a mesma reunião, as mesmas manifestações.

Quando era estudante, a obra do Profesor Doutor Avelãs Nunes , marcou-me muito. Nunca
esqueci certos ensinamentos dos seus livros, que tenho partilhado com as sucessivas gerações que passaram na minha vida profissional.

(É importante reflectir) Leia a notícia da ligação





(...) Na fase do comunismo primitivo a atividade humana era muito rudimentar, mas inicia-se neste estágio o uso e a fabricação de ferramentas; e com a descoberta dos metais - e mais tarde a arte de trabalhá-los e de fazer ligas, opera-se a divisão do trabalho.
Com este nível de desenvolvimento, opera-se a produção de um excedente, que se transforma em objeto de trocas, entre os homens, iniciando-se assim a troca de mercadorias.
Com a evolução que se estabeleceu e resultou no surgimento do excedente, criado majoritariamente pelo trabalho escravo, a comunidade primitiva foi destruída pelo progresso das técnicas, pela divisão do trabalho e pela conseqüência da divisão da sociedade em classes e o aparecimento do Estado.
Assim, teve início o “esclavagismo”, como modo de produção baseado na exploração do trabalho forçado da mão de obra escrava. Teria surgido nos vales do Nilo e na China e, mais tarde, esteve presente na Grécia e em Roma.
Muito embora este sistema econômico tenha proporcionado a produção de grandes excedentes e grandes acumulações de riquezas – o que propiciou um desenvolvimento econômico e cultural, nunca antes alcançado, como a construção de diques, canais de irrigação, pontes, fortificações e o desenvolvimento das artes e das letras, com a dominação da Grécia e, depois, o declínio de Roma, entrou em declínio. Uma série de fatores, como o desinteresse dos escravos em aperfeiçoar o trabalho, pois, não lhes adviria nenhuma vantagem, a falência dos pequenos proprietários, por não terem possibilidade de competir com a produção dos senhores de escravos e as invasões dos bárbaros, fizeram com que principiasse o declínio do Império Romano (em 476) e tivesse início a estruturação do feudalismo (...)



domingo, janeiro 25, 2009

À Beleza

À Beleza

Não tens corpo, nem pátria, nem família,
Não te curvas ao jugo dos tiranos.
Não tens preço na terra dos humanos,
Nem o tempo te rói.
És a essência dos anos,
O que vem e o que foi.

És a carne dos deuses,
O sorriso das pedras,
E a candura do instinto.
És aquele alimento
De quem, farto de pão, anda faminto.

És a graça da vida em toda a parte,
Ou em arte,
Ou em simples verdade.
És o cravo vermelho,
Ou a moça no espelho,
Que depois de te ver se persuade.

És um verso perfeito
Que traz consigo a força do que diz.
És o jeito
Que tem, antes de mestre, o aprendiz.

És a beleza, enfim. És o teu nome.
Um milagre, uma luz, uma harmonia,
Uma linha sem traço...
Mas sem corpo, sem pátria e sem família,
Tudo repousa em paz no teu regaço.

Miguel Torga, in 'Odes'

quinta-feira, janeiro 22, 2009

XXXVIII - Bendito seja o Mesmo Sol


Bendito seja o mesmo sol de outras terras
Que faz meus irmãos todos os homens
Porque todos os homens, um momento no dia, o olham como eu,
E, nesse puro momento
Todo limpo e sensível
Regressam lacrimosamente
E com um suspiro que mal sentem
Ao homem verdadeiro e primitivo
Que via o Sol nascer e ainda o não adorava.
Porque isso é natural — mais natural
Que adorar o ouro e Deus
E a arte e a moral ...

Alberto Caeiro

quarta-feira, janeiro 21, 2009


Assinala-se hoje, em Cabo Verde, o Dia dos Heróis Nacionais, com várias iniciativas locais. Amílcar Cabral foi poeta, agrónomo, fundador do PAIGC e pai das independências de Cabo Verde e Guiné-Bissau, morto a 20 Janeiro de 1973, na Guiné-Bissau é pouco conhecido pelos jovens guineenses, apenas com a percepção que foi alguém “importante”.“O povo da Guiné gosta muito de Amílcar Cabral porque ele trabalha bem e paga salários a antigos combatentes”, afirmou à Agência Lusa uma aluna de um liceu guineense.“Amílcar Cabral é nosso líder, é o pai da nação… mais ou menos”, disse outro jovem.Este afastamento deve-se ao facto de não existir um ensino da história da Guiné-Bissau nos programas do secundário, e com o fim do regime de partido único, em 1991, deixou de se ensinar a história do país, que se confundia com a do PAIGC, explica o professor João Gomes à Lusa.“Antigamente, estudavam-se obras de Amílcar Cabral numa disciplina chamada formação militante, mas com a abertura democrática (…) houve necessidade de adaptação às novas exigências e surgiu uma disciplina chamada educação social”“Hoje em dia os conhecimentos que temos da luta armada é dos nossos antigos combatentes e familiares”, sublinhou João Gomes.
Em Cabo Verde as comemorações acontecem um pouco por todas as ilhas, na Praia, o Presidente Pedro Pires procede a colocação de uma coroa de flores junto ao Memorial Amílcar Cabral, e o primeiro-ministro José Maria Neves inaugura o Centro de Saúde de Tira-Chapéu.
Em África, Amílcar Cabral foi um pouco a figura do Martin Luther King - o líder religioso galardoado em 1964 com o Prémio Nobel da Paz pela sua campanha a favor dos direitos cívicos da minoria negra - foi na América.Amílcar Cabral nasceu em Bafatá, na Guine em 1932, veio para Cabo Verde em 1943, onde completa em 1944, no Mindelo o curso Liceal e em 1945 emprega-se na Imprensa Nacional, na Praia. Em 1945 foi estudar agronomia para Lisboa, regressando mais tarde a Bissau para trabalhar, em 1956 estabeleceu contactos com o MPLA, em Angola.Em 1956 fundou o PAIGC e iniciou a luta armada pela independência do país a 23 de Janeiro de 1963 com um ataque ao aquartelamento de Tite, no sul da Guiné.Amílcar Cabral foi morto em Conacri a 20 de Janeiro de 1973, na antiga sede do PAIGC naquele país, hoje embaixada de Bissau.

Fonte:www.sapo.cv

domingo, janeiro 18, 2009

Montenegro - Baía de Kotor









De Herzg Novi, seguimos até à baía de Kotor, um fiorde de rara beleza natural, que descemos de barco, observando as margens com povoações de pescadores, a história estampada nos seus monumentos, muralhas, habitações... e tudo isto protegido por altaneiras montanhas onde a erosão tem traçado esboços .
O pequeno ilhéu "Gospa od Skripjela" com a sua igreja, é artificial. É fruto de uma lenda e foi construido pelo homem. O outro, que apresenta vegetação, é natural.
A viagem é uma maravilha.











domingo, janeiro 11, 2009

Dubrovnik


Aspectos de uma costa muito recortada e com muitas ilhas
vista de Dubrovnik - cidade velha rodeada pelas suas muralhas
A cúpula barroca da Catedral de Dubrovnik
Stradum (concerto de ano novo)


Ruelas da cidade velha
Stradum (passagem de ano)
No período de 1991 a 1992, durante a guerra, Dubrovnik foi bombardeada e destruídas muitas casas e monumentos. Depois do acordo de Erdut em 1995, a Unesco e a União Europeia estabeleceram uma comissão especial para a reconstrução da cidade e, num período de tempo bastante curto, grande parte dos danos foram reparados. Hoje, Dubrovnik ostenta o seu antigo esplendor e as cicatrizes desapareceram.
Fico muito triste porque verifico que os outros povos tem uma preocupação de reconstruir, em tempo recorde, o seu Património. Na "minha cidade" é o contrário, está perdendo o seu Património em tempo recorde.



sexta-feira, janeiro 09, 2009

Prémio Dardos

Nas férias, fomos premiados pelo Grifo.

Ilhas do Mar agradece a amabilidade.

(como tenho dificuldades em colocar na lateral, fica aqui)

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Stari Most (Ponte Velha)


Stari Most
Rio Nereteva
Subindo a ponte

Na cidade de Mostar, encontramos duas culturas, a ocidental e a oriental.
Esta ponte do século XVI, sobre o rio Nereteva, localizada na parte velha da cidade, foi destruída pela guerra em 1993. Reconstruida sob a égide da UNESCO em 2004, simboliza a paz alcançada nesta região.
A reconstrução e reabertura da ponte é tida para os habitantes de Mostar como um sinal de esperança para o futuro de uma cidade dividida entre croatas e muçulmanos, que têm tido uma relação conturbada ao longo dos tempos. A ponte velha e o centro histórico de Mostar foram classificados como Património Mundial da UNESCO em 2005.
(in Wikipédia)







Gostava de perceber que culpa tem uma ponte com quatro séculos, para ser mutilidade com bombardeamentos.









segunda-feira, janeiro 05, 2009

Mostar - Bósnia-Herzegovina

A caminho de Mostar



Ao longo da estrada, encontram-se cemitérios




O Teatro


As marcas das balas, a destruição, a morte são uma constante. Nos cemitérios não se encontram simbolos religiosos, estão sepultados lado a lado Muçulmanos e Cristãos.











Partilha

A minha passagem de ano foi muito bonita e feliz. Contudo, vou deixar as imagens de grandiosa beleza natural e arquitectónica para mais tarde.

Nestes dias, em que muitas crianças, mulheres e idosos da Faixa de Gaza, estão a passar pelos tormentos da guerra, devo deixar aqui os registos que observei e muito me emocionou.

A guerra na Bósnia, terminou em 1995, volvidos estes 14 anos, o desemprego, a dor, a destruição ... estão patentes nos corações das pessoas que tentam refazer as suas vidas, o chorar dos seus entes queridos, a reconstrução dos seus edifícios , o recomeçar da sua indústria, da agricultura.

Eles vivem com esperança e tentam encontrar forças para recomeçar, enterrando o passado recente. Isto foi me dito num português muito correcto, por uma jovem estudante universitária e guia turística que tinha 4 anos, quando aconteceu a guerra.