Ilhas do mar

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Museu do Vinho e o seu bosque de Dragoeiros



























Num destes dias cinzentos do mês de Fevereiro, visitamos na Vila da Madalena, o Museu do Vinho e a sua área envolvente, onde domina um bosque de dragoeiros, alguns deles centenários e anteriores ao povoamento.

domingo, fevereiro 25, 2007

A Torre....Sempre a "minha" torre




sexta-feira, fevereiro 23, 2007

20 anos depois... Homenagem a Zeca Afonso

Um cravo para Zeca Afonso
Vejam bem

Que não há

Só gaivotas

Em terra

Quando um homem

Se põe

A pansar


Quem lá vem

Dorma à noite

Ao relento

Na areia

Dorme à noite

Ao relento

Do mar


E se houver

Uma praça

De gente

Madura

E uma estátua

De febre

A arder


Anda alguém

Pela noite

À procura

E não há

Quem lhe queira

Valer


Vejam bem

Daquele homem

A fraca

Figura


Desbravando

Os caminhos

Do pão


E se houver

Uma praça

De gente

Madura

Ninguém vai

Levantá-lo

Do chão


Vejam bem

Que não há

Só gaivotas

Em terra

Quando um homeme

Se põe

A pensar


Quem lá vem

Dorme à noite

Ao relento de areia

Dorme à noite

ao relento do mar.




quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Arco Íris


terça-feira, fevereiro 20, 2007

Faz da tua vida em frente à luz

Estrada da Caldeira-ilha do Faial
Faz da tua vida em frente à luz
Um lúcido terraço exacto e branco,
Docemente cortado
Pelo rio das noites.
Alheio o passo em tão perdida estrada
Vive,sem seres ele, o teu destino.
Inflexível assiste
À tua própria ausência.
Sophia M.B. Andresen

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Há palavras que nos beijam


Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Alexande O'Neill

sábado, fevereiro 10, 2007

Marina da Horta - ilha do Faial











segunda-feira, fevereiro 05, 2007

O Horizonte


(da minha janela - janeiro de 2007)

Ó mar anterior a nós, teus medo
Tinham coral e praias e arvoredos.
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas e o mistério,
Abria em flor o Longe, e o Sul sidério
'Splendia sobre as naus da iniciação.

Linha severa da longínqua costa-
Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe a abatracta linha.

O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esp'rança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte -
Os beijos merecidos da Verdade.

in Mensagem

Fernando Pessoa

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

minha história


A minha história é simples

A tua, meu Amor,

É bem mais simples ainda:

"Era uma vez uma flor.

Nasceu à beira de um Poeta..."

Vês como é linda?

(O resto conto depois:

Mas tão a sós, tão de manso,

Que só escutemos os dois.)

Sebastião da Gama