Ar de Inverno
Aves do mar que em ronda lenta
giram no ar, à ventania
gritam na tarde macilenta
a sua bárbara alegria.
Incha lá fora a vaga escura,
uiva o nordeste aflitamente.
Que mágoa anónima satura
este ar de Inverno, este ar doente?
Alma que vogas a gemer
na tarde anémica, de vento,
como se infiltra no meu ser
o teu esparso sofrimento!
Que viuvez desamparada
chora no ar, no vento frio,
por esta tarde macerada
em que a esperança se esvaiu...
... almas cativas, LÍRICAS PORTUGUESAS, PORTUGÁLIA EDITORA, 3ª SÉRIE, PÁG. 73
giram no ar, à ventania
gritam na tarde macilenta
a sua bárbara alegria.
Incha lá fora a vaga escura,
uiva o nordeste aflitamente.
Que mágoa anónima satura
este ar de Inverno, este ar doente?
Alma que vogas a gemer
na tarde anémica, de vento,
como se infiltra no meu ser
o teu esparso sofrimento!
Que viuvez desamparada
chora no ar, no vento frio,
por esta tarde macerada
em que a esperança se esvaiu...
... almas cativas, LÍRICAS PORTUGUESAS, PORTUGÁLIA EDITORA, 3ª SÉRIE, PÁG. 73
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