No Golfo de Corinto
No Golfo de Corinto A respiração dos deuses é visível: É um arco um halo uma nuvem Em redor das montanhas e das ilhas Como um céu mais intenso e deslumbrado E também o cheiro dos deuses invade as estradas É um cheiro a resina a mel e a fruta Onde se desenham grandes corpos lisos e brilhantes Sem dor sem suor sem pranto Sem a menor ruga de tempo E uma luz cor de amora no poente se espelha É o sangue dos deuses imortal e secreto Que se une ao nosso sangue e com ele batalha Sophia de Mello Breyner Andresen |
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