Ébrio de terebintina...
Ébrio de terebintina e longos beijos, estival, o veleiro das rosas eu dirijo, dobrado para a morte do finíssimo dia, cimentado no sólido frenesi marinho. Pálido e amarrado à minha água devorante passo no azedo cheiro do clima descoberto, vestido ainda de cinzento e sons amargos, e uma cimeira triste de abandonada espuma. Vou, duro de paixões, montado na minha onda única, lunar, solar, ardente e frio, repentino, adormecido na garganta das afortunadas ilhas brancas e doces como nádegas frescas. Treme na húmida noite o meu vestido de beijos loucamente carregado de eléctricas gestões, de modo heróico dividido em sonhos e embriagadoras rosas exercitando-se em mim. ( Pablo Neruda ) |
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