Ilhas do mar

domingo, outubro 09, 2005

Soneto do Trabalho



Das prensas dos martelos das bigornas
das foices dos arados das charruas
das alfaias dos cascos e das dornas
é que nasce a cançaõ que anda nas ruas.

Um povo não é livre em águas mornas
não se abre a liberdade com gazuas
à força do teu braço é que transformas
as fábricas e as terras que são tuas.

Abre os olhos e vê. Sê vigilante
a reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo.

Levanta-te meu Povo. Não é tarde.
Agora é que o mar canta é que o sol arde
pois quando o povo acorda é sempre cedo.


( José Carlos Ary dos Santos )

1 Comments:

  • Grande este poema do Ary, grandes e belos poemas escritos e registados em imagens encontrei aqui, parabens.

    By Anonymous Anónimo, at 10:56 da tarde  

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