Ilha
Minha ilha sem bruma
Sem distância a percorrer
Onde o vento é o donatário
Único senhor e rei
Sem eu mesmo o saber.
Ilha Maior no sonho e na desgraça
Sempre a acenar a quem ao longo passa
Nos navios rumo ao Canadá e América.
Ancoradouro de aves, poetas e baleeiros,
Heróis sem nome, com um pé em terra e outro no mar,
Quantas vezes em vão a balear.
Negra, negra, negra e cativa
Ilha Maior, minha Ilha-Mãe adoptiva,
Maravilha de lava e altura!
El-rei Sebastião, o Desejado,
Veio um dia, nunca mais voltou.
E é aqui, cavada a seu lado,
Que eu quero ter a minha sepultura.
In Narcose de Almeida Firmino
9 Comments:
e vila franca aqui tão perto
e as saudades que eu tenho de lá ter estado....
By greentea, at 12:22 da manhã
Pico lindo!!!
By frosado, at 7:22 da manhã
Gosto muito desta foto, foi no domingo de manhã aquando da chegada ao Faial.
O Pico é sempre igual e sempre diferente.
By Maria Silva, at 1:26 da tarde
como é bela a tua Ilha. uma boa noite.
By lince, at 1:37 da manhã
Obrigada lince.Igualmente para ti
By Maria Silva, at 9:48 da tarde
Uau!
By Anónimo, at 9:54 da tarde
Mais que foto mais linda!!!
Que lugar maravilhoso!!!
Beijos!!!
ò,ó
By Lâmina d'Água & Silêncio, at 2:41 da tarde
Fotografia e poema muito bonitos!
By Aprendiz de Viajante, at 1:07 da manhã
O poema é de um "poeta" muito pouco conhecido. A obra dele é muito pequena. Era continental, funcionário de finanças ou tribunal, casou com uma senhora de cá, mas cedo pôs termo à vida.
Este poema é sem dúvida uma linda homenagem à ilha e encerra alguma crítica política. O Pico é a segunda ilha do arquipélago em superfície e as suas potencialidades, não foram devidamente valorizadas, no passado e actualmente. Votando muita população a um árduo trabalho e parcos proventos.
By Maria Silva, at 10:52 da tarde
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