Nuvem
Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe
Que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso meu amor
Não tenho medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham a você.
Assim como o Oceano, só é belo com o luar
Assim como a Canção, só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem, só acontece se chover
Assim como o poeta, só é bem grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor, não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você !
Vinicius de Moraes
6 Comments:
«Já vem raiando a madrugada
Acorda, que lindo!
Mesmo a tristeza está sorrindo
Entre as flores da manhã
Se abrindo nas cores do céu
O véu das nuvens que esvoam
Que passam pela estrela a morrer
Parecem nos dizer
Que não existe beleza maior
Do que o amanhecer
E no entanto maior
Bem maior que a do céu
Bem maior que a do mar
Maior que toda a natureza
É a Beleza que tem a mulher namorada
Seu corpo é assim como a aurora ardente
Sua alma e uma estrela inocente
Seu corpo é uma rosa fechada
Em seu seio, os pudores
Renascem das dores de antigos amores
Que vieram, mas não eram o amor que se espera
O amor primavera
São tantos seus encantos
Que para os comparar
Nem mesmo a beleza que tem
As auroras do mar»
Vinicius
By Anónimo, at 10:13 da tarde
Há um desenho novo no céu...
Minúsculas gotas esbranquiçadas,
ora foscas, ora molhadas, ocupam o lugar das nuvens.
E, vistas assim, de longe, parecem montanhas flutuantes, remexidas pelo vento,
esparramando-se mansamente pela imensa lâmina de aço.
Há linhas...
Há movimentos...
Há um compasso de espera, por outros tempos!!!
By Anónimo, at 12:16 da manhã
hum, isto está lindo está!!!
By frosado, at 6:19 da manhã
Sem dúvida, os comentários apresentam uma qualidade e uma sensibilidade extraordinária,muito superior à dos "posts".
Beijinhos para todos
By Maria Silva, at 8:41 da manhã
O que há do outro lado dessa minha janela infinita, que me faz contemplar o tempo... Que me faz ficar a espera, como se esse mesmo tempo pudesse esperar por mim...
Que mistério há, que me prende estagnada, a escutar o marulhar das ondas em meio a escuridão e assim... em meio ao nada, a embalar meus sonhos, por vezes delirantes, como se sonhos fossem feitos dágua, feito lágrimas, que brotam de olhos de azul sem fim...
By Anónimo, at 4:11 da tarde
Só a imagem falava por si... mas o poema engrandeceu-a. Parabéns!
By Fátima Silva, at 10:08 da tarde
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