Insatisfação
Estende o mar o seu manto de cetim
No corpo das areias conquistadas;
Esbraseia o Sol em rútilo festim
Sobre o coro das ondas revoltadas!
Ensaia o vento em límpido clarim
A louca sinfonia das rajadas,
E a vastidão do mar é um jardim,
Com lendas e quimeras semeadas.
Lateja a terra desgrenhada e quente,
Mostrando aos Céus o corpo feiticeiro
Num lúbrico impudor irreverente.
Que maldição terrível e sem par,
Não ter os braços para o céu inteiro,
E não ter olhos para todo o mar!
José Carlos Ary dos Santos
No corpo das areias conquistadas;
Esbraseia o Sol em rútilo festim
Sobre o coro das ondas revoltadas!
Ensaia o vento em límpido clarim
A louca sinfonia das rajadas,
E a vastidão do mar é um jardim,
Com lendas e quimeras semeadas.
Lateja a terra desgrenhada e quente,
Mostrando aos Céus o corpo feiticeiro
Num lúbrico impudor irreverente.
Que maldição terrível e sem par,
Não ter os braços para o céu inteiro,
E não ter olhos para todo o mar!
José Carlos Ary dos Santos
5 Comments:
Bela escola. Lindo poema.
By Desambientado, at 11:34 da manhã
É verdade somos tão pequeninos! Contudo, somos grandes a cometer erros...
By Maria Silva, at 6:41 da tarde
Desambientado
É muito belo o poema e com uma mensagem muito vigorosa
By Maria Silva, at 6:43 da tarde
Sim é verdade.
By Desambientado, at 8:26 da tarde
Um grande e caloroso abraço para si ma.Tambem visitei o seu blog. Volte sempre.
By Maria Silva, at 6:20 da tarde
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