Janela
Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para não ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo la fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
ALBERTO CAEIRO
Precisamos de abrir as janelas , deixar entrar o sol da vida, que nos rodeia.
6 Comments:
«Na cidade da realidade encontrada e amada
Caminhei com a brisa pelas ruas
Havia muros brancos e janelas pintadas
As madre-silvas floriam e brilhavam
Os limoeiros de folhas polidas
Caiu uma folha de nespereira sobre o tanque
E o tempo veio ao meu encontro confundindo
Os meus gestos e os teus nos seus
Eram mil e mil noites uma após outra surgindo
E o meu rosto flutuava entre a manhã e a tarde»
Sophia
By Anónimo, at 4:51 da tarde
Sem dúvida que sim Fernanda, mas não em dias como hoje.
By Desambientado, at 11:15 da tarde
Tem estado uma ventania,o Inverno não quer ir para o hemisfério sul.
As outras janelas abrem com qualquer situação meteorológica.
By Maria Silva, at 7:51 da tarde
Lindo poema da Sophia !
By Maria Silva, at 7:52 da tarde
Sim um poema que enche quem o lê. Conseguiste ligar de forma excelente o poema às imagens. Cada vez mais precisamos de olhares desses.
By Fátima Silva, at 11:26 da tarde
Olá Fátima
Na blogosfera fiz uma descoberta, afinal ainda há muita gente com sensibilidade, amantes da natureza, preocupados com a protecção ambiental, poetas, artistas plásticos, fotógrafos....muito mais. É bom
bjinhos
By Maria Silva, at 7:49 da tarde
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