Ilhas do mar

sábado, março 25, 2006

Janela

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para não ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo la fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
ALBERTO CAEIRO







Precisamos de abrir as janelas , deixar entrar o sol da vida, que nos rodeia.

6 Comments:

  • «Na cidade da realidade encontrada e amada
    Caminhei com a brisa pelas ruas
    Havia muros brancos e janelas pintadas

    As madre-silvas floriam e brilhavam
    Os limoeiros de folhas polidas
    Caiu uma folha de nespereira sobre o tanque

    E o tempo veio ao meu encontro confundindo
    Os meus gestos e os teus nos seus
    Eram mil e mil noites uma após outra surgindo
    E o meu rosto flutuava entre a manhã e a tarde»
    Sophia

    By Anonymous Anónimo, at 4:51 da tarde  

  • Sem dúvida que sim Fernanda, mas não em dias como hoje.

    By Blogger Desambientado, at 11:15 da tarde  

  • Tem estado uma ventania,o Inverno não quer ir para o hemisfério sul.

    As outras janelas abrem com qualquer situação meteorológica.

    By Blogger Maria Silva, at 7:51 da tarde  

  • Lindo poema da Sophia !

    By Blogger Maria Silva, at 7:52 da tarde  

  • Sim um poema que enche quem o lê. Conseguiste ligar de forma excelente o poema às imagens. Cada vez mais precisamos de olhares desses.

    By Blogger Fátima Silva, at 11:26 da tarde  

  • Olá Fátima

    Na blogosfera fiz uma descoberta, afinal ainda há muita gente com sensibilidade, amantes da natureza, preocupados com a protecção ambiental, poetas, artistas plásticos, fotógrafos....muito mais. É bom

    bjinhos

    By Blogger Maria Silva, at 7:49 da tarde  

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