baleia à vista
pressenti-la era já fruir da tempestade. o romance começava no gesto perfeito como o fernando do almada sustenta eternamente o cigarro. não darei o foguete da minha vigia secreta. prefiro vê-la passar ingénua e passiva como um anjo antigo. o meu delírio arriba à pequenez do monstro - tão grande é a casa do seu abismo. escrevo-o com a paixão de sempre: um verso de espuma uma alegria líquida. pontuo a ternura com alguns peixes menores dela faço a pausa precisa a vírgula maior na grafia do mar. casaremos na igreja. vou cobri-la de corais e de beijos. Álamo de Oliveira |
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