Ilhas do mar

domingo, novembro 25, 2007

Os versos que te fiz

Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Qe foram feitos para te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!

Florbela Espanca

domingo, novembro 18, 2007

Neptuno


Foto do google
No dia 15 de Fevereiro de 1986, sábado, entre as 12 H e as 16H, inesperadamente, aconteceu a maior tempestade deste século nos Açores, em que o vento atingiu velocidades de cerca de 250 Km/H.
José Henriques Azevedo fez fotografias durante e após a tempestade. As ondas atingiram alturas entre 15 e 20 metros e a rebentação das ondas, chegou a atingir 60 metros.
Dois anos depois, querendo mostrar o acontecimento com mais facilidade aos iatistas, José Henrique passou duas das fotografias de diapositivo a papel. Descobriu então que no momento em que tinha tirado uma delas, se tinha formado, na rebentação da onda, uma figura (cabelo, olhos, nariz, boca e barba) dando-lhe o nome de "Neptuno na Horta".
Fotografia de José Henrique de Azevedo
Edição exclusiva do "Peter" Café Sport

quarta-feira, novembro 14, 2007

Maroiços






...Já quando os homens chegaram pela primeira vez à Ilha, a encontraram rasa de pedra, que fora fogo vomitado pelos vulcões:pedras colossais, amontoadas a esmo,[...] - mas combatento, braços entesados e mãos crispadas, a grande batalha contra as pedras negras da Ilha.Estarraçaram, escavaram, removeram, abriram caminho - e a terra começou a surgir! [...] Por barrancos e ladeiras, construiram paredões negros, que servem a um tempo de entulho e de suporte, e com eles aguentaram a terra nas velgas alongadas e requebradas, que sobem por aí acima em escadaria de socalco. A pedra sobrante, amontoaram-na em maroiços pelo meio e pelos cantos das hortas e dos cerrados.
in "Pedras Negras" de Dias de Melo

domingo, novembro 11, 2007

Gruta das Torres

A Gruta das Torres está localizada na freguesia da Criação Velha, concelho da Madalena. Pela sua importância como património natural, foi classificada Monumento Natural Regional pelo DLR Nº6/2004/A, de 18 de Março.
É o maior tubo lávico conhecido em Portugal, com a extensão de 5150mt. Foi formado a partir das lavas da erupção vulcânica com origem neste cabeço "Cabeço do Bravo".

O túnel principal é na sua maior parte de grandes dimensões, podendo atingir alturas de 15 mt.




As lavas que formam o chão são do tipo aa



e do tipo pahoehoe




A natureza também nos oferece "obras de arte" esta foi baptizada de mona lisa






A entrada para a Gruta faz-se através de um Centro de Interpretação, um guia presta esclarecimentos e indica os procedimentos a respeitar durante a visita, acompanha os visitantes num percurso de cerca de 45 minutos.



Será que estes bidões tem de permanecer aqui? Mesmo ao lado do Centro de Interpretação! Não haverá outros materias mais ecológicos e mais agradáveis para um local destes....

quinta-feira, novembro 08, 2007

A arte de ser feliz

A arte de ser feliz

Houve um tempo em que minha janela
se abria sobre uma cidade que parecia
ser feita de giz. Perto da janela havia um
pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra
esfarelada, e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre
com um balde e, em silêncio, ia atirando
com a mão umas gotas de água sobre
as plantas. Não era uma rega: era uma
espécie de aspersão ritual, para que o
jardim não morresse. E eu olhava para
as plantas, para o homem, para as gotas
de água que caíam de seus dedos
magros e meu coração ficava
completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o
jasmineiro em flor. Outras vezes
encontro nuvens espessas. Avisto
crinças que vão para a escola. Pardais
que pulam pelo muro. Gatos que abrem
e fecham os olhos, sonhando com
pardais. Borboletas brancas, duas a
duas, como refelectidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem
personagens de Lope de Vega. Às
vezes um galo canta. Às vezes um
avião passa. Tudo está certo, no seu
lugar, cumprindo o seu destino. E eu me
sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas
felicidades certas, que estão diante de
cada janela, uns dizem que essas coisas
não existem, outros que só existem
diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a
olhar, para poder vê-las assim.

Cecília Meireles

Janela

quarta-feira, novembro 07, 2007

Desafio

A minha amiga Maria de Bá do Bordado de Murmúrios mandou-me este desafio e como sei que ela está doente, vou fazer-lhe a vontade para que fique melhor.

O livro que estou lendo não tem 161 páginas por isso, vou à última

"Do casario popular, as pessoas olhavam para o céu e cantavam «Michelle, ma belle...», como nos bons tempos plenos de confiança e de obstinada esperança."

(Alterei as regras e agora??)

As regras são:

1º Pegar num livro próximo
2º Abrir na pág. 161
3º procurar a 5ª frase completa
4º Colocar essa frase no blog
5º Não escolher nem a melhor frase nem o melhor livro
6º Passar para outros cinco blogs.

Sendo assim escolho :

As pequenas coisas
Fernanda e Poemas
Alma de poeta
Um poema
Livros e autores

Um beijinho para todos

segunda-feira, novembro 05, 2007

Manchas


Estas"manchas" foram descobertas pelo meu amigo Orlando. Ele é artista.
Não sei se tem a luz correcta. Foi o melhor que consegui...