Ilhas do mar

sexta-feira, março 31, 2006

Espigueiro

Construído em madeira, era utilizado frequentemente no passado, para guardar e secar as maçarocas de milho que serviam de base à alimentação.

Espigueiro, Maia-S.Miguel

Os espigueiros nos Açores diferem, no seu formato, de ilha para ilha e a sua presença na paisagem rural é rara.

quarta-feira, março 29, 2006

Canção popular

Se essa rua fosse minha

Se essa rua
Se essa rua fosse minha
Eu mandava
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas
Com pedrinhas de brilhante
Só para ver
Só para ver meu bem passar

Nessa rua
Nessa rua tem um bosque
Que se chama
Que se chama solidão
Dentro dele
Dentro dele mora um anjo
Que roubou
Que roubou meu coração

Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
Tu roubaste
Tu roubaste o meu também
Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
Foi porque
Só porque te quero bem

terça-feira, março 28, 2006

Quarteto do Mondego

Quando a saudade é grande... Dói!
Dedico este poema aos meus amigos, algures na terra dos "doutores"



Digo Mondego ó águas que passais
e há salgueiros por dentro das imagens
há um rio a correr pelas vogais
banhando do poema as verdes margens.

Digo Mondego e há folhas a cair
levemente levadas pelo vento.
São as metáforas mais tristes de Setembro
digo Mondego e há aves a partir.

Este é um rio que se escreve aos poucos
devagar devagar nos ritmos dissonantes.
Digo Mondego e há letras como choupos
na página onde choram consoantes.

Mondego fica para lá dos mitos
abstractos são os símbolos e os sinais.
E todos os poemas foram escritos
em suas águas para nunca mais.


Manuel Alegre

segunda-feira, março 27, 2006

Dia Mundial do Teatro


(...) (o teatro é) um lugar de exaltação, mistério e liberdade,
onde a gente pode amar, sofrer, rir e chorar, fingir à vontade,
mascarar-se, declamar, correr atrás dos outros e
perder-se invariavelmente na confusão das cordas e dos bastidores,
das lonas e armações, baldes de água e serradura, até se sentir angustiado,
sem saber o caminho lá para fora
(...) excita, comove, amedronta, duplica a vida.
Sente-se a gente com a alma à solta"
In A Escola do Paraíso
de José Rodrigues Miguéis
Portugal, é um país com grande tradição no Teatro. Gil Vicente primeiro dramaturgo português, tal como Moliére ou Shakespeare escreviam, representavam, encenavam...
"...Os últimos cem anos legaram-nos nomes como Bento Mântua, Alfredo Cortez, Jorge de Sena, Almada Negreiros, Marcelino Mesquita, Bernardo Santareno, Luís Francisco Rebelo, Costa Ferreira, Luís Stau Monteiro, Natália Correia, António Torrado, Norberto Ávila, Helder Costa, Fernando Dacosta, Augusto Sobral, Jaime Salazar Sampaio, Teresa Rita Lopes, Miguel Rovisco, Fernando Augusto entre tantos outros, foram fundamentais no associativismo popular em vilas, aldeias e lugares...!
Mário da Costa
PS. Assim se comemora o Dia Mundial do Teatro na ilha do Pico

sábado, março 25, 2006

Janela

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para não ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo la fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
ALBERTO CAEIRO







Precisamos de abrir as janelas , deixar entrar o sol da vida, que nos rodeia.

sexta-feira, março 24, 2006

Les pouvoir des fleurs






Je m'souviens on avait des projets pour la terre
pour les hommes comme la nature
faire tomber les barrières, les murs,
les vieux parapets d'Arthur
fallait voir
imagine notre espoir
on laissait nos coeurs
au pouvoir des fleurs
jasmin, lilas,
c'etaient nos divisions nos soldats
pour changer tout ça
changer le monde
changer les choses avec des bouquets de roses
changer les femmes
changers les hommes
avec des géraniums
je m'souviens, on avait des chansons, des paroles
comme des pétales et des corolles
qu'écoutait en rêvant
la petite fille au tourne-disque folle
le parfum
imagine le parfum
l'Eden, le jardim,
c'etait pour demain,
mais demain c'est pareil,
la même désir veille
là tout au fond des coeurs
tout changer en douceur
changer les âmes
changer les coeurs avec des bouquets de fleurs
la guerre au vent
l'amour devant
grâce à des fleurs des champs
ah ! sur la terre
il y a des choses à faire
pour les enfants, les gens, les elephants
ah ! tant chose à faire
moi pour
te donner du coeur
je t'envoie des fleurs
tu verras qu'on aura des foulards, des chemises
et que voici les couleurs vives
et que même si l'amour est parti
ce n'est que parti remise
pour les couleurs, les accords, les parfums
changer le vieux monde
pour faire un jardin
tu verras
tu verras
le pouvoir des fleurs
Voulzy Laurent - Le pouvoir des fleurs
by Paroles: Alain Souchon. Musique: Laurent Voulzy 1992"Caché derrière" autres interprètes: Les Énfoirés(2001)



Exemplo a seguir com as armas verdadeiras

quarta-feira, março 22, 2006

Os "Picos" de Portugal

Com a água Serra da Estrela, viajamos desde o Pico...



até à Serra da Estrela...





Percurso muito rápido, 48 horas. Foi divertido ... "Péla, péla"

segunda-feira, março 20, 2006

Primavera

Primavera

Vai Clóris pelo prado às flores inata,
Branca na brisa, veemente nas verduras,
Mostrando as cores que, no ovo de prata,
Da primeira manhã se uniram puras.

A luz a leva. De Abril festas flamíneas
Espalha seu curso de floridas pernas;
De andorinhas, cerejas e glicínias
Vai remoçando satisfações eternas.

Tempo de amor que ao chão arranca a rosa
E aves nos ramos musical desperta,
Ovário onde a semente jubilosa
Do incorruptível infunde a primavera.

Natália Correia

domingo, março 19, 2006

Lagoa das Furnas

É nas entranhas da terra e nas margens desta lagoa, que se cozinha, o famoso "Cozido das Furnas"

o tacho é introduzido neste buraco e coberto


Ermida de estilo gótico, mandada edificar por José do Canto, na margem da lagoa

sábado, março 18, 2006

Desde então durmo com a noite

Das estrelas que admirei,
molhadas
por rios e rocios diferentes,
eu não escolhi senão
a que eu amava
e desde então durmo
com a noite.

Da onda, uma onda e outra
onda,
verde mar, verde frio, ramo
verde,
eu não escolhi senão
uma só onda:
a onda indivisível
de teu corpo.

Todas as gotas, todas as
raízes,
todos os fios de luz vieram,
vieram-me ver tarde ou cedo.

Eu quis para mim tua cabeleira.
E de todos os dons de minha
pátria
só escolhi teu coração
selvagem.


Pablo Neruda

( Cem Sonetos de Amor - XLVI )

sexta-feira, março 17, 2006

Património Mundial - Paisagem da Cultura da Vinha




Lagido da Criação Velha

No Pico, a cultura da vinha remonta ao início do povoamento. Características geo-climáticas peculiares e a técnica utilizada desde então, arrumando a pedra em currais e curraletas, protegendo os vinhedos, de modo eficaz contra os ventos marítimos e aumentando o calor no período da maturação do fruto.


segunda-feira, março 13, 2006

Mantorras e Sexta-feira13



Sou o Mantorras, estou a ficar como o Bonifácio...

Adoro locais altos...




Sou o Sexta-feira 13

O sol de Inverno é tão doce...


Ron-Ron-Ron


Somos dois felinos muito amigos e muito companheiros da nossa dona.

domingo, março 12, 2006

Furnas - S.Miguel





Fenómeno vulcânico de rara beleza, com várias caldeiras por onde o calor brota da terra e o cheiro do enxofre nos envolve.

sábado, março 11, 2006

Fontenário


Maia, S.Miguel

quarta-feira, março 08, 2006

Ilhéu de Vila Franca do Campo ou "Anel da Princesa" no dizer do Professor Doutor Frias Martins



"...O mais formoso ilhéu que há nas ilhas, assim pelo que parece de fora a quem o vê, como por dentro em si como uma alagoa de água do mar." ( Gaspar Frutuoso, séc. XVI)

segunda-feira, março 06, 2006

Janela


Vila da Povoação - ilha de S.Miguel

domingo, março 05, 2006

Vale das Furnas

Vale das Furnas
Nesta "piscina" de água quente e ferruginosa, o banho é divinal ! Quero voltar...

sexta-feira, março 03, 2006

Cultura de chá nos Açores



"... A Produção do chá nos Açores. Em 1874, chegaram aos Açores (Ilha de S. Miguel) as primeiras sementes de C. sinensis- a planta do chá- e, alguns anos mais tarde, foram chamados dois especialistas chineses que se dedicaram a ensinar aos fabricantes locais as técnicas de preparação das folhas. Todas as variedades de chá provêm dos rebentos jovens desta planta, as diferenças derivam do clima, do período da colheita e do tratamento a que são submetidos posteriormente.Chegaram a funcionar na Ilha de S. Miguel mais de uma dezena de plantações com fábrica própria. Entre elas encontrava-se a Gorreana que é actualmente, a única plantação com fábrica de chá de toda a Europa.A Gorreana explora 23 hectares, uma área capaz de produzir cerca de 40 toneladas de chá seco. São necessários em média, cerca de 4 Kg de folhas de chá fresco para obter 1 Kg de chá seco pronto para infusão. A Gorreana produz chá verde e chá preto ortodoxo, assim designado porque durante o processo de transformação das folhas estas ficam na sua maioria, enroladas e inteiras- tal como acontecia com o chá que era trabalhado com as mãos e não por meio das novas tecnologias, que deixam as folhas partidas ou esmagadas."