Um poema de Amilcar Cabral - Praia, Cabo Verde, 1945
Ilha
Tu vives - mãe adormecida-
nua e esquecida,
seca,
fustigada pelos ventos,
ao som das músicas sem música
das águas que nos prendem...
Ilha:
teus montes e teus vales
não sentiram passar os tempos
e ficaram no mundo dos teus sonhos
- os sonhos dos teus filhos -
a clamar aos ventos que passam,
e às aves que voam, livres,
as tuas ânsias!
Ilha:
colina sem fim de terra vermelha
- terra dura -
rochas escarpadas tapando os horizontes,
mas aos quatro ventos prendendo as nossas ânsias!
6 Comments:
... só quem vive numa ilha entende o significado profundo deste poema!!! Lindo!
Bom feriado.
Obrigada pela visita.
By Aprendiz de Viajante, at 5:38 da tarde
Esse é (para mim continua a ser) um Homem por quem nutro uma admiração muito especial.
Desconhecia o poema mas sei do seu grande amor pela sua Ilha. Simplesmente belo, como belas são as imagens com que o ilustras. Este post equivale a uma merecida homenagem e eu agradeço-te pelo complemento que vou "devorar" com os olhos e com os sentidos.
Um abraço daqui, de Aveiro.
By Pé de Salsa, at 6:58 da tarde
ainda está em Cabo Verde? Agora vale a pena. O interior está lindo!
By Margarida, at 8:18 da tarde
Olá soraia!
Já voltou?
Já não estou. Foi só uma pequena visita. A saudade , essa já é grande.
Deve estar, é a estação da chuva. Bem que ansiavam por ela.
By Maria Silva, at 8:48 da tarde
~belas fotos...
By frosado, at 10:05 da tarde
Olá, obrigado pela visita e comentário no Telas & Tintas que só hoje vi. Já que foi (é) um projecto que está um bocado paradote, na medida em que me vai faltando tempo - e inspiração - para a pintura.
O blog mais vivo é o Notícias da Aldeia, pelo combate à poluição que por aqui vou tentando organizar.
Essas imagens de Cabo Verde mostram bem a beleza dessas ilhas que não conheço e espero, que se mantenham longe dos estragos que os humanos habitualmente causam.
Cpts
By AC, at 8:26 da manhã
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